sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Geologia e relevo terrestre

RELEVO

O relevo consiste nas formas da superfície do planeta, podendo ser influenciado por agentes internos e externos. Ou seja, é o conjunto das formas da crosta terrestre, manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas. Entre as principais formas apresentadas pelo relevo terrestre, os quatro tipos principais são:

Montanhas
Planaltos
Planícies
Depressões



Os agentes modeladores do relevo

Os agentes, também conhecidos como "escultores" do relevo, são forças que agiram no decorrer de milhões de anos, formando o relevo terrestre. São classficados em endógenos e exógenos.
* Agentes Endógenos (internos): Tectonismo, vulcanismo, abalos sísmicos ou terremotos.
* Agentes Exógenos (externos): Intemperismo, erosão.

INTEMPERISMO:
também conhecido como meteorização, é o conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas. A rocha decomposta transforma-se em um material chamado manto ou regolito. No caso da desintegração mecânica (ou física), as rochas podem partir-se sem que sua composição seja alterada. Nos desertos, as variações de temperatura acabam partindo as rochas, assim como nas zonas frias, onde a água se infiltra nas rachaduras das rochas.

O relevo brasileiro

O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. Atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos seguintes professores:

Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para determinar o que é um planalto ou uma planície.

Aziz Nacib Ab'Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, enquanto planície é considerada uma área de sedimentação.

Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e 1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo:

1) Planaltos
2) Planícies
3) Depressões

Segundo essa classificação, planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão. Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos. Por fim, depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão. A figura a seguir mostra essa representação do relevo brasileiro.

terça-feira, 29 de março de 2011

Festa Anual das Árvores 2011

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) abriram nesta segunda-feira a Festa Anual das Árvores 2011, no anfiteatro do Parque do Cocó, em Fortaleza. Este evento visa a conscientização ecológica dos cidadãos acerca das nossas florestas.

Além de autoridades e gestores da área ambiental do Estado, estudantes de escolas públicas e visitantes do parque participaram do evento. A manhã teve início com a apresentação da banda da Polícia Militar e seguiu com o pronunciamento das autoridades, seguido de premiação dos concursos culturais, lançamento do kit educativo “Agricultor Rural”, entrega de kits do Previna ao Corpo de Bombeiros e à Companhia de Polícia Militar Ambiental, distribuição de mudas e apresentações artísticas.

A festa ocorre sempre na última semana de março, coincidindo com a quadra chuvosa no Ceará, e tem o objetivo de disseminar a conscientização para a importância da preservação das florestas, entre outras questões relativas ao meio ambiente.

O superintendente da Semace, Ricardo Araújo, ressaltou a importância de envolver os jovens em atividades de educação ambiental para que eles desenvolvam a consciência da preservação e dêem continuidade a esse cuidado. “Muitas pessoas desmatam as florestas nativas de forma irresponsável, sem procurar o órgão competente que concede as licenças. Isso não pode mais acontecer. Por isso, a Semace vem realizando fiscalizações constantes e aulas de educação ambiental para estudantes, professores e comunidade”, explicou. O presidente do Conpam, Paulo Henrique Lustosa, defendeu que o cuidado com a natureza comece nas ações cotidianas. “O meio ambiente conservado só depende das atitudes que a gente toma no dia a dia, na nossa casa e na nossa rua”, destacou.

26 de março - Campanha A Hora do Planeta

No último dia 26 de março, das 20:30h às 21:30h, aconteceu A Hora do Planeta, ato simbólico de demonstração de preocupação aos efeitos do Aquecimento Global.

Por mais que alguém possa questionar a eficácia do gesto de apagar as luzes durante sessenta minutos (uma hora) no que diz respeito ao Aquecimento Global, esta iniciativa - promovida pela Rede WWF desde 2007- visa, antes de tudo, conscientizar as pessoas com relação aos efeitos deste e incentivar que outras medidas (individuais e/ou coletivas) possam ser divulgadas e tomadas com este intuito.

Por isso é importante a participação de cada um e, através do Portal da Hora do Planeta, divulgar as ações que fazem a diferença e que contribuem para minimizar os efeitos do Aquecimento Global.

A Campanha teve início em 2007 na cidade de Sidney, na Austrália, com a participação de 2,2 milhões de pessoas.

No ano seguinte (2008) o movimento ganhou maior adesão, envolvendo 400 cidades distribuídas por 35 países (50 milhões de participantes).

Em 2009, o sucesso continuou e a participação foi de quase 4 mil cidades de 88 países, que participaram da Hora do Planeta. Para nós, brasileiros, o ano marcou também a adesão do Brasil na Campanha, sendo o Rio de Janeiro a primeira cidade brasileira a aderir e participar do movimento "Earth Hour" (Hora do Planeta).

Em 2010, mais de um bilhão de pessoas de 4.616 cidades, em 128 países, participaram e agaram as luzes durante a Hora do Planeta.

Este ano, os organizadores esperam que a mobilização seja bem maior. E, com certeza, será!


Divulguem esta Campanha! Participem!!!

Dia mundial da água

No dia 22 de março comemoramos o Dia Mundial da Água. Embora, a sociedade moderna tenha mais acesso às informações e seja consciente quanto à importância de atitudes conservacionistas em relação ao uso e consumo da água, muitos dissociam o discurso da prática cotidiana.

O desperdício de água é, ainda, um dos grandes vilões determinantes da escassez e quantidade de água no planeta. E, junto com os crescentes níveis de poluição, a qualidade da água, sobretudo, a potável corre sério risco em termos de disponibilidade e consumo apropriado.

Além destes fatores, desperdício e poluição, não devemos esquecer que o próprio aumento da população, o crescimento das cidades e das atividades econômicas, principalmente, as dos setores primário (agropecuária) e secundário (indústrias), contribuíram e, ainda, contribuem para a redução da quantidade e dos níveis de qualidade da água no planeta.

No que tange ao cidadão comum é bastante comum vermos vassouras sendo substituídas por mangueiras que lançam jatos de água nos detritos (lixos) espalhados nas calçadas; presenciarmos torneiras abertas ou gotejando nos lavatórios ou bebedouros nas escolas e/ou em diversas residências; vazamento nas descargas em banheiros, entre tantas outras situações, nas quais fica evidenciado o mau uso da água.

É preciso que haja mudança de atitude. Mudança de atitude enquanto ser individual e social, pois segundo dados apresentados em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em 2002, a escassez de água potável no planeta deverá atingir, em 2025, cerca de 4 bilhões de pessoas.

E, ainda sob esta perspectiva, de quantidade e qualidade de água, não devemos esquecer da vida animal e vegetal, que em qualquer tipo de ecossistema, sofre e sofrerá os efeitos negativos do mau uso da água.

Aula: Resíduos Sólidos

Conforme combinado, segue abaixo o material da aulas sobre Resíduos Sólidos para as turmas dos 3º anos. Este material vai ser cobrado na Avaliação Bimestral. Bons estudos!!!

DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A Organização Mundial de Saúde define o lixo (resíduos) como: “Qualquer coisa que seu proprietário não quer mais, em um dado lugar e em um certo momento, e que não possui valor comercial ”.

Sob o ponto de vista econômico, resíduo é todo material que uma dada sociedade ou agrupamento humano o desperdiça (CALDERONI, 2003).


Resolução No 358, de 29 de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA

Grupo A - Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que podem apresentar risco de infecção;

Grupo B - Resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, devido suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade;

Grupo C - Quaisquer materiais que contenham radionuclídeos (materiais radioativos) em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;

Grupo D - Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares;
Grupo E - materiais perfurocortantes: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrado no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares (CONAMA, 2004).

De diversas formas podemos classificar os resíduos sólidos:

Por sua natureza física: seco e molhado;

Por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica;

Problemas Comuns

A produção de resíduos sólidos é um fenômeno inevitável que ocorre diariamente em quantidades e composições que dependem do tamanho da população e do seu desenvolvimento econômico.

Os sistemas de limpeza urbana, de competência municipal, devem afastar os resíduos das populações e dar um destino ambiental e sanitariamente adequado. No entanto, esta tarefa não é fácil, sendo dificultada por problemas, tais como:

Limitação financeira, orçamentos inadequados, fluxo de caixa desequilibrado, tarifas desatualizadas, arrecadação insuficiente e inexistência de linhas de crédito;

Falta de capacitação técnica e profissional, do gari ao engenheiro-chefe;

Descontinuidade política e administrativa;

Falta de controle ambiental.

Estes problemas resultam em degradação ambiental, deslizamentos, enchentes, desenvolvimento de transmissores de enfermidades, poluição das águas superficiais e subterrâneas e poluição do ar.

De acordo com a origem os resíduos sólidos são classificados em

Resíduos Sólidos Domiciliares: originados da vida diária das residências: restos de alimentos, plásticos, vidros, papéis, papelões, metais, borrachas, tecidos, folhagens, areias, etc.;

Resíduos Sólidos Comerciais: originados em supermercados, estabelecimentos comerciais, bancos, restaurantes, bares, hotéis, etc. (embalagens, papéis, papelões, plásticos, além de restos de alimentos e outros detritos orgânicos, provenientes dos restaurantes, bares, hotéis, etc.;

Resíduos Sólidos Públicos: originados dos serviços públicos: varrição, da capina, raspagem, limpeza (das praias, das galerias, dos córregos, dos terrenos), podas das árvores, das feiras livres, animais mortos, entulhos de obras, móveis, eletrodomésticos;

Resíduos Sólidos Industriais: originados dos diversos ramos industriais como metalúrgica, química, petroquímica, papel, celulose, curtumes, alimentícia, etc.

Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde: provenientes de hospitais, postos de saúde, farmácias, drogarias, laboratórios, clínicas médicas, clínicas odontológicas, clínicas veterinárias e assemelhadas.

SEGREGAÇÃO E DESTINO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Objetivo principal:
reciclagem de seus componentes.

Reciclar é o resultado de uma série de atividades através das quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, sendo coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de bens, feitos anteriormente apenas com matéria-prima virgem. É uma maneira de lidar com os resíduos de forma a reduzir e reusar responsavelmente.

sábado, 26 de março de 2011

Diferença entre Lixão, Aterro Controlado e Aterro Sanitário

Dificilmente alguém se preocupa com a destinação final do lixo que produzimos em casa. Para onde são levados os resíduos sólidos que produzimos diariamente? Qual a diferença entre lixão e aterro sanitário? Eis a resposta:

DESTINAÇÃO FINAL DISPOSIÇÃO FINAL

Quando falamos em destinação final ambientalmente adequada referimo-nos a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. Já a disposição final ambientalmente adequada consiste na distribuição ordenada de rejeitos em aterros, também, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. E ainda, que rejeitos são os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. A coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição é o que definimos por coleta seletiva.

COLETA SISTEMÁTICA COLETA SELETIVA

LIXÃO

ATERRO CONTROLADO ATERRO SANITÁRIO

Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo ou sistema de tratamento de efluentes líquidos (chorume). Esse líquido preto penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. O lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas, como a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.


Um aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que recebeu cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás. Esse tipo de aterro procura dar conta dos impactos negativos com a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. Tem também recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou eventualmente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação tratamento para este efluente.


É no aterro sanitário que temos a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos. Não há contaminação do lençol freático já que antes de iniciar a disposição do lixo o terreno é preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD, encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo à proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.

Quando nos referimos à reciclagem estamos falando de um processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos; já a reutilização consiste num processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes, inclusive na reciclagem.


Espero que este texto esclareça sobremaneira todas as dúvidas com relação a este assunto que faz parte da nossa vida.

Até mais!!!

Fragmento do trabalho sobre Resíduos Sólidos, apresentado pela minha equipe do curso de Pós-graduação Especialização em Planejamento e Gestão Ambiental, UECE em 25/03/11.