segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Relevo Brasileiro



Pico da Neblina: ponto mais alto do Brasil

Introdução

O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958, essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.

Classificações de relevo

Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões.

Características do relevo brasileiro

O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semi-árido e árido. Outros fenômenos da natureza (ventos e chuvas) também contribuíram no processo de erosão.

O relevo brasileiro apresenta-se em :

Planaltos – superfícies com elevação e aplainadas , marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos.
Planícies – superfícies relativamente planas , onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste.
Depressão Absoluta - região que fica abaixo do nível do mar.
Depressão Relativa
– fica acima do nível do mar . A periférica paulista, por exemplo, é uma depressão relativa.
Montanhas – elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens , como falhas ou dobras.

Pontos Culminantes do Brasil

Pico

Serra

Altitude (m)

da Neblina

Imeri (Amazonas)

3.014

31 de Março

Imeri (Amazonas)

2.992

da Bandeira

do Caparaó (Espírito Santo/Minas Gerais)

2.890

Roraima

Pacaraima (Roraima)

2.875

Cruzeiro

do Caparaó (Espírito Santo)

2.861





Imagem retirada da internet

Formas de Relevo

As formas de relevo e suas características, planalto, planície, depressões e montanhas, tipos de relevo.
Montanhas: formação a partir do choque de placas tectônicas

Planaltos

Os planaltos, também chamados de platôs, são áreas de altitudes variadas e limitadas, em um de seus lados, por superfície rebaixada. Os planaltos são originários das erosões provocadas por água ou vento. Os cumes dos planaltos são ligeiramente nivelados.
Exemplo: Planalto Central no Brasil, localizado em território dos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Planícies

É uma área geográfica caracterizada por superfície relativamente plana (pouca ou nenhuma variação de altitude). São encontradas, na maioria das vezes, em regiões de baixas altitudes. As planícies são formadas por rochas sedimentares. Nestas áreas, ocorre o acúmulo de sedimentos.
Exemplos: Planície Litorânea, Planície Amazônica e Planície do Pantanal.

Depressões

As depressões são regiões geográficas mais baixas do que as áreas em sua volta. Quando esta região situa-se numa altitude abaixo do nível do mar, ela é chamada de depressão absoluta. Quando são apenas mais baixas do que as áreas ao redor, são chamadas de depressões relativas. As crateras de vulcões desativados são consideradas depressões. É comum a formação de lagos nas depressões.
Exemplo: Depressão Sul Amazônica

Montanhas

As montanhas são formações geográficas originadas do choque (encontro) entre placas tectônicas. Quando ocorre este choque na crosta terrestre, o solo das regiões que sofrem o impacto acabam se elevando na superfície, formando assim as montanhas. Estas são conhecidas como montanhas de dobramentos. Grande parte deste tipo de montanhas formaram-se na era geológica do Terciário. Existem também, embora menos comum, as montanhas formadas por vulcões.

As altitudes das montanhas são superiores as das regiões vizinhas. Quando ocorre um conjunto de montanhas, chamamos de cordilheira
Exemplos: Aconcágua (Argentina), Pico da Neblina (Brasil), Logan (Canadá), Kilimanjaro (Tanzânia), Monte Everest (Nepal, China), Monte K2 (Paquistão, China), Monte Blanco (França, Itália).


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Normas básicas de apresentação de trabalhos escolares


As normas abaixo servem, para orientar, facilitar e padronizar a apresentação dos trabalhos escolares dos alunos. No entanto, devo ressaltar que mediante o nível de escolaridade e dos objetivos propostos, as regras – aqui descritas – são básicas, não seguindo rigorosamente as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

TRABALHOS DIGITADOS:

Regras Básicas:

- em qualquer destas formas deve-se respeitar as margens da folha: esquerda em 2,0 cm; direita, superior e inferior em 1,5 cm;

- é obrigatório o uso de tinta (digitado) de cor azul ou preta;

- o uso de caneta ou tinta de outra cor só será permitida no caso de títulos, subtítulos ou palavras-chaves;

- os trabalhos digitados devem ser apresentados em folhas de papel Ofício ou A4;

- caso haja acesso à Internet para a realização da pesquisa, o aluno NÃO poderá imprimir o texto original na íntegra e anexar ao trabalho. É preciso que se realize – primeiro – uma leitura (análise) e o resumo do mesmo (síntese);

- quanto às fontes do trabalho digitado, estas podem ser Times New Roman ou Arial, com tamanho 12 para o texto;

- o espaçamento “entre linhas” em todo o texto deve ser de 1,5;

- para destacar cada Título e/ou Subtítulo deve-se utilizar dois espaços de 1,5 tanto antes quanto depois;

- deve-se numerar as folhas à partir da Introdução, na margem inferior ou no fim da página, podendo ser alinhada a direita ou centralizada;

- todo trabalho deverá vir grampeado;

- a estrutura do trabalho deve ser dividida em três partes: a Capa, o Corpo e as Referências Bibliográficas;

- cada parte deve apresentar os seguintes elementos obrigatórios:

1. Capa:

Além de proteção externa do trabalho, a capa serve como elemento de identificação.

A capa do trabalho manuscrito deve ser confeccionada em papel almaço sem pauta, enquanto a do trabalho digitado deve ser em folha de papel Ofício ou A4.

Caso o aluno queira ilustrar a capa com desenhos ou figuras, estes devem estar de acordo com o tema, distribuídos de forma adequada, que não afete a configuração da Capa, não devendo exceder duas imagens.

A configuração e os principais elementos a constarem da Capa são:

Elementos necessários e obrigatórios:

- Nome do Estabelecimento de Ensino;

- Nome da Disciplina;

- Nome e Sobrenome do Professor Solicitante;

- Título do Trabalho;

- Nome completo do Aluno ou dos Membros do Grupo;

- № da Chamada;

- № da Turma;

- Nome da cidade da Unidade Escolar;

- O mês e ano da entrega da pesquisa.

2. Corpo do Trabalho:

O corpo do trabalho deve conter os seguintes elementos: Introdução, Desenvolvimento e Con-siderações Finais.

Cada elemento integrante do corpo do trabalho deve ser apresentado em folha separada, ou seja, a Introdução em uma folha, o Desenvolvimento em outra, assim como as Considerações Finais.

2.1. Introdução »» Corresponde à parte inicial do texto do trabalho, tendo como finalidades principais: informar sobre a importância do tema pesquisado, a justificativa de sua escolha e os objetivos do seu estudo.

A palavra INTRODUÇÃO deve vir escrita ou digitada em caixa alta (letras maiúsculas), de forma centralizada ou no lado esquerdo superior.


2.2. Desenvolvimento »» Parte principal do trabalho, onde se encontra a explanação do assunto pesquisado. Dependendo da temática abordada, pode-se incluir – nesta parte – o método utilizado.

A palavra DESENVOLVIMENTO deve vir escrita ou digitada em caixa alta, de forma centraliza-da ou no lado esquerdo superior.

2.3 Considerações Finais »» Corresponde à parte final do texto, onde o autor (aluno) expõe as suas conclusões quanto à pesquisa.

As palavras CONSIDERAÇÕES FINAIS devem vir escritas ou digitadas em caixa altas, de forma centralizada ou no lado esquerdo superior.

3.3. Referências Bibliográficas»» As fontes de pesquisa (livros, artigos, revistas, sites etc.) utilizadas pelo aluno e/ou alunos (grupo) devem constar, em folha separada, na parte das Referências Bibliográficas.

As palavras REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS devem vir escritas ou digitadas em caixa al-tas, de forma centralizada ou no lado esquerdo superior.

Os elementos principais que devem ser citados são: o Nome do Autor; o Título; o Subtítulo (se houver); a Edição; o Local; a Editora; a Data de Publicação.

O ano da Edição só é citado à partir da segunda edição. Se não houver nenhuma referência acerca desta é porque é a primeira edição.

Exemplos: SANTOS, Milton. O Trabalho do Geógrafo no Terceiro Mundo. São Paulo, Hucited, 1978;

Referências de documentos eletrônicos (exemplo):

AUTOR. Título da obra. Disponível na Internet via www. (endereço on line). Data de acesso.

DANTAS, Tiago. Os efeitos do aquecimento global no Brasil. Disponível na Internet via www.brasilescola.com/geografia/os-efeitos-aquecimento-global-no-brasil.htm. Arquivo capturado em 04 de fevereiro de 2009 (ou Acesso em 04 de fevereiro de 2009).

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

. Deve-se RESPEITAR A DATA DE ENTREGA dos trabalhos, tendo em vista O NÃO RECEBIMENTO do mesmo fora do prazo estabelecido. Exceto nos casos de adiamento da data pela própria professora ou em casos específicos (atestado médico);

. Todos os aspectos relacionados ao trabalho escolar serão avaliados, a saber: o prazo da entrega, a apresentação externa (capa); a letra (legível); as ilustrações; o capricho; o conteúdo do corpo do trabalho (introdução, conteúdo e a conclusão), a síntese e as fontes bibliográficas.

Multinacionais ou Transnacionais?


Muitos autores adotam as expressões multinacionais e transnacionais como sinônimos. Outros, no entanto, consideram diferenças peculiares entre elas, a saber:

. MULTINACIONAIS > são empresas que mantêm filiais em vários países do mundo, comandadas a partir de uma sede situada no país de origem.

. TRANSNACIONAIS > são empresas cujas filiais não seguem as diretrizes da matriz, pois possuem interesses próprios e às vezes conflitantes com os do país no qual se originaram (Vesentini, 2003).

Visite o site abaixo para ver curiosidades interessantes sobre inúmeras marcas de produtos.


http://dicionariodasmarcas.sites.uol.com.br/tronco.htm

(Imagem capturada na rede)

E agora? Onde eu jogo o meu lixo?

Em 15 de Julho de 2010, começou a vigorar na cidade do Rio de Janeiro a Lei nº 5.502 que poderá multar os supermercados e grandes lojas que não cumprirem as obrigações previstas, descritas no Art. 3º:

I – a cada 5 (cinco) itens comprados no estabelecimento, o cliente que não usar saco ou sacola plástica fará jus ao desconto de no mínimo R$ 0,03 (três centavos de real) sobre as suas compras;

II – permuta de 1 Kg (um quilograma) de arroz ou feijão por cada 50 (cinqüenta) sacolas ou sacos plásticos apresentados por qualquer pessoa.

Muitas pessoas ficaram preocupadas e se perguntavam como fazer para jogar o lixo fora. Eis que foi feito o seguinte artigo para esclarecer as principais dúvidas e orientar a população do Rio e as demais à jogar seus resíduos de forma mais correta!

* O problema

O problema todo é o uso execessivo e o descarte inadequado dessas sacolas plásticas. Nos acostumamos com a praticidade que os sacos plásticos proporcionam, sem pensar nas consequências. Como elas distribuidas “de graça” (entre aspas porque de graça não é- o preço delas está embutido nos produtos que compramos) nós as usamos sem piedade – às vezes uma sacolinha plástica é usada para jogar um potinho de iogurte somente. Se começarmos a pagar por essas embalagens, vamos pensar melhor antes de jogar um saquinho vazio – ou metade cheio.

* Sacos reciclados


Você pode comprar sacos plásticos para lixo feitos de plástico reciclado. Ou seja, não é preciso retirar mais petróleo para fabricá-los, que no final das contas vai parar no lixo mesmo. E sacos plásticos entregues no supermercado têm que necessáriamente ser plástico virgem de acordo com normas da Anvisa, pois estaremos carregando alimentos.

* Reutilizar embalagens

Sabe os sacos que embalam o arroz, o feijão, o acúçar? Eles também podem ser usados para jogar o lixo – do banheiro por exemplo. Também tem os saquinhos plásticos que colocamos dentro as frutas e verduras no supermercado.

* Compostagem do lixo orgânico

Os resíduos orgânicos que são gerados na cozinha, podem ser reciclados por meio de um processo que se chama Compostagem. Esse processo nada mais é, que colocar as cascas de frutas e restos de alimentos, dentro de uma caixa com terra e minhocas. As minhocas farão todo o processo de compostagem. Isso é: você só tem que se preocupar em colocar os resíduos na caixa, e depois de um mês ou dois, você pode retirar o adubo que está rico em nutrientes para usar nos vasinhos de planta. Montar sua própria composteira é fácil: http://tinyurl.com/2uv3let Ou você pode comprar uma: http://tinyurl.com/39caqx6

* Recicláveis na caixa de papelão

Você pode usar uma caixa de papelão para acondicionar seu lixo reciclável, e levar a caixa no ponto de coleta mais próximo para ser reciclado. Se você mora em condomínio, você pode sugerir o uso de lixeiras de coleta seletiva na portaria para apenas tirar o material da caixa de papelão e colocar na lixeira certa. (É muito comum que os próprios funcionários do seu condomínio levem os materiais para reciclagem para ganhar uma graninha extra. Se onde você mora é assim, separar o lixo vai facilitar a vida desses funcionários, pois vai evitar a contaminação com outros resíduos orgânicos). Você também pode comprar uma lixeira grande, ou um saco de pano resistente grande. E não esqueça de lavar as embalagens recicláveis e deixar secar antes de colocar na caixa.

* Problemas Ambientais

- sacos plásticos ajudam a entupir bueiros o que provoca inundações nas cidades;
- sacos plásticos vão parar em rios, lagos e oceanos, o que provoca mortes por inanição de animais aquáticos;
- sacos plásticos aumentam o volume total do lixo que vai parar nos aterros e lixões, diminuindo a vida útil destes. Além disso, sua propriedade impermeabilizante atrapalha a decomposição dos resíduos;
- sacos plásticos podem levar mais de 400 anos para sumir totalmente da natureza (quando nossos tataranetos nascerem eles ainda vão estar presentes na natureza);
- sacos plásticos são feitos a partir do petróleo – um combustível não renovável – e poluente;
- sacos plásticos são muito leves, e podem sair voando por aí, e causar outros tipos de poluição;

*Enfim…

Temos bons motivos para parar de usar sacos plásticos! Dificilmente eles serão exterminados! Mas isso não impede que cada um tenha a consciência de fazer o seu melhor – e de promover individualmente a melhoria da qualidade ambiental da sua cidade (e de sua vida)!










Obs: Imagens retiradas do site da Campanha Saco é um Saco

Posted by Meu Mundo Sustentável.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Empregos de futuro

As oportunidades de trabalho criadas por um
mundo atento ao zelo contra o aquecimento global

1. Agricultor

Como a agricultura sustentável exige métodos orgânicos, locais e de pequena escala, em vez de máquinas e fertilizantes à base de petróleo, há uma enorme necessidade de mais agricultores. Não são fazendeiros quaisquer - os modernos profissionais do campo pre-cisam ter formação tanto em genética quanto em marketing. As estatísticas apontam para a necessidade de uma imensa reviravolta comportamental e econômica. No Brasil, apenas 19% da população é rural. Mais de 80% dos jovens entre 15 e 24 anos estão nos centros urbanos. Busca-se, portanto, renovação e vasto interesse por tecnologias nascentes, condições naturalmente atreladas à juventude. O problema: convencer os novos profissionais a viver no campo, onde são limitadas as expectativas de entretenimento e educação.


2. Técnico florestal

A atividade florestal moderna é uma complexa combinação de financiamento internacional de projetos, conservação e desenvolvimento. Segundo o Banco Mundial, a incrível cifra de 1,6 bilhão de pessoas depende das florestas para sua subsistência. Os técnicos florestais ajudam a população local a passar das práticas de corte e queimada para a silvicultura - ensinando, por exemplo, a exploração sustentável da mata ou o cultivo de espécies de valor mais elevado e crescimento mais rápido, sejam elas árvores madeireiras, frutíferas ou medicinais. Auxiliam também no controle do impacto ambiental. Lembre-se ainda que os projetos para evitar o desmatamento, que é a causa de cerca de um quarto de todo o aquecimento global, devem se tornar crucial fonte de créditos de carbono. Especialistas são, portanto, cruciais.


3. Portador de MBA em negócios verdes

As exigências impostas por novas legislações e o natural crescimento do interesse por posturas sustentáveis dentro das empresas já produzem efeito acadêmico: o aperfeiçoamento ancorado nos conhecimentos ambientais. Um executivo sem esse tipo de formação vale menos no mercado. A Fundação Getulio Vargas já tem um MBA em gestão de sustentabilidade.


4. Fabricante de turbina eólica

O vento é uma das mais promissoras fontes alternativas de energia e a que mais cresce, com 300 000 empregos em todo o mundo. Uma turbina tem 90% do peso composto de metal, o que representa uma oportunidade para que operários do setor automobilístico e de outros ramos da indústria reorientem suas habilidades. Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, a capacidade de geração de energia limpa para a próxima década é equivalente à de dez usinas de Itaipu. Há, portanto, um vigoroso mercado de trabalho, especialmente nas regiões litorâneas, onde a força eólica é naturalmente maior.


5. Biólogo conservacionista

A busca urgente para preservar a integridade de ecossistemas mundo afora e para quantificar o valor dos "serviços de ecossistemas" cria oportunidades no ensino, na pesquisa e no trabalho de campo junto a governos, ONGs e empresas privadas.


6. Desenvolvedor de sistemas de sustentabilidade

A economia verde pede um quadro especializado de desenvolvedores de softwares e engenheiros que projetem, construam e mantenham as redes de sensores e os modelos probabilísticos que sustentam fazendas eólicas, redes energéticas inteligentes, definição de pedágios urbanos e outros sistemas que substituem recursos naturais por inteligência. Programadores com experiência no uso de sistemas de gestão empresarial de larga escala têm vantagem aqui, bem como desenvolvedores familiarizados com aplicativos de fonte aberta e web 2.0.


7. Urbanista

O planejamento urbano e regional é um elemento crucial na busca pela redução da pegada de carbono nos centros urbanos. Fortalecer os sistemas de transporte de massa, limitar o espalhamento urbano, estimular o uso de bicicletas e retirar a ênfase dada aos carros são apenas uma parte do trabalho. Igualmente crucial é o planejamento de contingências, já que inundações, ondas de calor e bueiros entupidos pelo lixo se tornam problemas cada vez mais comuns nas metrópoles. O emprego nesse setor deve crescer 15% até 2016 em todo o mundo, e as vagas estão principalmente em governos locais, o que faz delas uma aposta razoavelmente segura.


8. Reciclador

Relatório da Organização Internacional do Trabalho informa que há, no Brasil, 500 000 pessoas vivendo da reciclagem de resíduos. O que se tornou meio de vida de populações carentes - reflexo econômico originalmente sem nenhum pé na sustentabilidade (quem recolhe detritos não o faz por responsabilidade ambiental, e sim por oportunidade de arrumar algum trocado) - pode virar um negócio profissional de real impacto.

Novas leis estão criando a necessidade de empresas especializadas que podem fechar o círculo reciclando e dando novas utilidades ao lixo eletrônico, roupas, sacos plásticos, entulho e outros materiais. Será preciso conhecimento técnico para participar dessa cadeia econômica.


9. Instalador de energia solar

A produção e a instalação de sistemas de energia solar já criaram cerca de 770 000 empregos no mundo. Instalar aquecedores de água que usam o calor solar e células fotovoltaicas em telhados é um trabalho relativamente bem remunerado. Nos Estados Unidos, país irradiador de quase todas as tendências econômicas, pagam-se de 15 a 35 dólares por hora nessa atividade. Onde há sol há oportunidades - e o Brasil tem enorme potencial para seguir essa trilha, ainda praticamente virgem. Hoje, em território americano, mais de 3 400 empresas no setor de energia solar empregam 35 000 funcionários.
A Associação das Indústrias de Energia Solar dos EUA prevê um aumento para mais de 110 000 empregos até 2016.


10. Empreiteiro da eficiência energética

Os edifícios representam até 48% do uso de energia e das emissões de gases do efeito estufa nas regiões urbanas. O Leed, importante certificação da construção "verde", tem mais de 3 000 empreendimentos comerciais e outros 2 500 residenciais atrelados às suas normas em todo o mundo. No Brasil, há apenas dez edifícios comerciais com o selo. Um outro método de controle, o Aqua, acrônimo de "alta qualidade ambiental", inspirado numa versão francesa, começa a ganhar espaço.

O motivo: prédios ecologicamente corretos tendem a ter mais apelo comercial. "Os compradores já se interessam por cuidados ambientais nos locais de trabalho e moradia", diz Manuel Carlos Reis Martins, coordenador executivo do projeto Aqua da Fundação Vanzolini, de São Paulo. Estudo da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, com 154 imóveis pendurados na certificação Leed revela que a produtividade cresce nos edifícios limpos porque os inquilinos ficam menos doentes (deixam de perder até 2,88 dias de trabalho por ano). Além disso, a taxa de desocupação é até 3,5% inferior à de prédios comuns e o índice de arrendamento no mercado, até 13% maior.

Com reportagem de Débora Didonê